Vagner Araújo e outros membros da comitiva em bunker, após alerta emitido pelo governo de Israel — Foto: Vagner Araújo/Cedid.

O secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, relatou que ele e o grupo brasileiro com o qual viajou em uma comitiva no dia 9 de junho buscam sair de Israel de carro ou ônibus até a Jordânia após o início do conflito do país com o Irã.

Desde o início dos ataques, o secretário natalense e a comitiva brasileira que conta com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, buscam uma forma de retornar ao Brasil, o que ficou dificultado pelo fechamento do espaço aéreo de Israel.

Ele contou que uma das alternativas levantadas neste sábado (14) foi a saída de Israel de carro até a Jordânia, que também está com o espaço aéreo alterado por conta do conflito.

Por isso, de lá, o grupo seguiria até a Arábia Saudita, também de carro, para, então, retornar ao Brasil de avião.

“O espaço aéreo do Israel está fechado, não se tem previsão de quando vai ser aberto, então isso nos remete à necessidade de buscar uma saída por algum outro país vizinho. E essa opção, no caso, seria o Egito, Chipe, por barco, ou Jordânia”, explicou.

“E a que talvez seja a mais viável é exatamente a saída pela Jordânia, porque existem boas relações do Brasil com o governo da Jordânia, o príncipe da Jordânia, que estaria se colocando na discussão para dar todo o apoio”, reforçou.

Grupo dividido sobre saída imediata

Os brasileiros do grupo estão divididos sobre a situação, explicou o secretário Vagner Araújo, por conta da recomendação de Israel de permanecer em zonas próximas a bunkers para proteção contra os ataques até um cenário de normalização.

“Eles se responsabilizam pela nossa segurança onde nós estamos próximos a um bunker, porque o fator de segurança para eles é o abrigo”, explicou.

O secretário explicou que ele e outros brasileiros – como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que também está na comitiva – entendem que a saída imediata é a melhor solução diante da imprevisibilidade do conflito.

“Entendemos que o nosso problema é essa incerteza, é saber quando isso vai se normalizar. A notícia que nós temos é que esse conflito não tem previsão diplomática de se resolver nesses próximos dias. Se assim tivesse, até aguardaríamos”, falou.

“O meu sentimento é que essa é a melhor opção e é a que eu vou fazer assim que Israel indique a possibilidade de nos levar até lá. Por conta dessa imprevisibilidade”, reforçou.

Ele citou que teme que a guerra possa escalar e que a coisas possam piorar “para quem permanecer aqui”.

Com informações do G1