
Por Ricardo Feitosa
Em sua vida político-partidária, Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato ao Governo do Estado, tem duas constantes: jamais foi petista. Mas sempre votou em Lula. Quando foi se filiar ao Republicanos, uma legenda de centro-direita, já preveniu o presidente do partido de que sempre votaria em Lula.
Mesmo quando Lula estava em baixa crescente e as pesquisas indicavam desaprovação recorde e derrota eleitoral iminente, ele assumiu a defesa e a bandeira do presidente no agradecimento por obras como a transposição do Rio São Francisco.
Adriano tem sido igual aos flamenguistas: uma vez lulista, sempre lulista.
No São João de sua terra, Pocinhos, puxou o coro de saudação a Lula, até mudando o sobrenome do presidente: Luís Inácio Lula DA VIDA. Segundo ele, a água da transposição representa a vida pra quem mora no sertão da Paraíba e do Nordeste.
Adriano está isolado em sua coerência na defesa de Lula e de suas políticas sociais. João Azevedo, governador e presidente do PSB, aliado de Lula, está montando uma chapa sem palanque para o presidente da República. O candidato ao Governo será um integrante do Progressistas, que terá se mostrado contra Lula.
Abandonado por seu partido, Adriano tem sido cortejado pela Oposição, poque tem se mostrado competitivo. Chegou aos dois dígitos de intenção de votos sem qualquer respaldo partidário, muito mais avançará se tiver um mínimo de estrutura e de apoio. Adriano se mantém reservado, mas a quem o procura não esconde: seu candidato é Lula.
A coerência tem seu valor. E algum dia será respeitada. Mesmo na política.