Centro de Ciências da Saúde (CCS), da UFPB, onde ocorreu o estupro. (Foto: Angélica Gouveia).

O Ministério Público da Paraíba arquivou o caso do estudante vítima de estupro dentro da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Campus I, em João Pessoa. O crime aconteceu no dia 24 de fevereiro deste ano, dentro de um banheiro do Centro de Ciências da Saúde (CCS), mas segue sem autoria identificada por falta de provas concretas. A informação foi dada em primeira mão pelo G1.

A confirmação do arquivamento foi feita pelo delegado Marcelo Falcone, responsável pela investigação. “Tentamos coletar todos os tipos de provas possíveis e admitidas em direito, mas diante da escassez de informações, concluímos a investigação sem nenhum indiciamento”, explicou.

Segundo a polícia, o estudante, que prestou depoimento, foi violentado sexualmente de forma muito rápida e ficou profundamente impactado com o ocorrido, a ponto de não conseguir sequer realizar o retrato falado do agressor.

A universidade foi alertada inicialmente por meio de um aplicativo de mensagens. A reitora Terezinha Domiciano afirmou, em nota, que acionou a Superintendência de Segurança Institucional (SSI) assim que teve conhecimento do caso e que a instituição colaborou com as investigações.

A UFPB também retomou, desde janeiro, uma comissão para discutir a criação de uma política de segurança universitária. A expectativa da reitoria é instalar mais de 1.110 câmeras de videomonitoramento nos quatro campi da instituição nos próximos meses.

Mesmo com a confirmação do estupro, a ausência de elementos que levassem à identificação do autor acabou levando o MP a encerrar o caso. O arquivamento, no entanto, gerou críticas nas redes sociais e entre a comunidade acadêmica, que cobra mais ações para garantir a segurança dos estudantes.