
Por Ingreson Derze
A Prefeitura de Campina Grande decidiu manter o afastamento preventivo de um médico e uma enfermeira envolvidos no atendimento à gestante Maria Danielle Cristina Morais Sousa, que perdeu o bebê, o útero e morreu dias depois por complicações de um AVC hemorrágico, ocorrido após o parto no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
A decisão foi tomada após a conclusão de uma investigação interna da Secretaria Municipal de Saúde, cujo relatório foi encaminhado ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) e à Procuradoria-Geral do Município. Os documentos serão usados para avaliar possíveis sanções adicionais ou outras providências.
Maria Danielle morreu em 25 de março, e nesta quinta-feira (3) o caso completa 100 dias sem desfecho formal. A gestante era servidora pública municipal e sofreu complicações após, segundo o marido, receber uma superdosagem de medicação para indução do parto, o que levou à morte do bebê e à retirada do útero.
Segundo o viúvo, Jorge Elô, ele ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial da prefeitura. “É frustrante constatar que, mesmo diante da gravidade dos fatos, ainda não há uma posição formal. Essa demora agrava ainda mais a dor da minha família”, desabafou.
A Secretaria de Saúde confirmou o envio do relatório, mas não divulgou publicamente os detalhes da apuração. As investigações continuam com acompanhamento do MPPB.



