A Paraíba já registra 6.204 casos prováveis de arboviroses em 2025, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevas) e da Sala de Situação. Os dados compreendem o período de 1º de janeiro a 28 de junho e revelam que a dengue representa a maior parte dos casos, com 5.044 notificações (81,30%).
Além da dengue, foram registrados 493 casos de chikungunya (7,95%), 15 de zika (0,24%) e 645 de febre do oropouche (10,51%), doença que tem crescido em diversos estados brasileiros e que já preocupa as autoridades sanitárias paraibanas.
Um ponto de atenção especial é o registro de 15 gestantes com diagnóstico confirmado de febre do oropouche. Das mulheres afetadas, 11 já deram à luz e 4 ainda seguem gestantes. Todas estão sendo acompanhadas pela rede de saúde estadual, incluindo os recém-nascidos.
Em relação aos óbitos, até a 26ª Semana Epidemiológica foram confirmadas duas mortes por dengue — nos municípios de João Pessoa e São Domingos do Cariri —, além de um óbito por chikungunya em Campina Grande. Outros oito casos seguem em investigação para arboviroses.
A responsável técnica estadual pelas arboviroses, Carla Jaciara, destacou que, apesar da redução nos registros de dengue, chikungunya e zika em comparação com o mesmo período de 2024, a atenção da população e dos profissionais de saúde deve continuar. “As pessoas devem estar sempre atentas tanto ao mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — como também ao maruim, que causa a febre do oropouche”, ressaltou.
Carla também reforçou a importância do diagnóstico precoce: “Os profissionais de saúde devem estar atentos a todos os sinais e sintomas sugestivos de arboviroses para realizar a notificação correta e a coleta oportuna.”
A SES-PB informou que segue com o monitoramento contínuo dos casos e mantém articulação com os municípios para conter a disseminação das arboviroses em todo o território paraibano.
